02/04/2010

Poesia: "De cabeça para baixo"

Olá!
Em um momento de pura inspiração (e um pouco de loucura) escrevi esse texto. Quem já o leu, ou me ouviu declamando, diz que no momento que eu escrevia isso deveria estar "muito louco!" Mas não fumo, não bebo (muito), apenas me embriago de imaginação, leitura e um pouco de leitura.

Um abraço
Wagner


De cabeça para baixo

Naqueles poucos metros quadrados
(Não mais que quatro metros quadrados),
Desenhos loucos nos quatro quadros,
Sendo três quadros do mesmo lado.
Não poucos eram os vasos.
Largos, curtos, fundos, rasos.
Arranjos tantos eram preparados.
Loucos!
Alguns pareavam com os quadros.
Para mim não diziam nada.
Olhava, admirava, mas apenas imaginava:
De que cabeça ou mente “pancada”
Surgiriam tais idéias, as quais a parede estampava?
Naquela sala, um perfume eu sentia...
E toda ida eu ia procurar de onde saía.
Rosas e margaridas próximos à mesa eu via
Mas, queridas flores queridas,
Não eram vocês, nem nunca seria!
Eram vocês flores fingidas, falsas, de E.V.A..
Ou eram de plástico, pano, vidro ou sei lá.
Real não. Loucas, com certeza, sim!
E, sinceramente, não diziam nada pra mim.
O que não era louco naqueles poucos metros?
O que é que eu via, sentia, ouvia sob dois tetos?
Dois tetos?
E a mesa sobre o vaso?
Será que fiquei louco?
Bom, isso não vem ao caso.
Será que realmente eu vi aquilo que vi?
Existiria uma mente tão “pancada” assim?
Naquela situação confesso que não me acho.
Eu estive por um tempo de cabeça para baixo.